
A vacinação contra a brucelose, doença causada por bactérias, é aplicada em terneiras de três a oito meses e ocorre uma vez na vida. Uma medida para evitar futuros problemas reprodutivos dos animais e também a contaminação de humanos.
Mesmo quem está longe das propriedades e do contato com os animais pode contrair a doença com a ingestão de carne e leite contaminados. Para evitar isso, a médica veterinária Tamine Krebs traz algumas orientações:
“Sempre consumir laticínios de origem de procedência, que o leite foi pasteurizado, tratado, e também a carne, evitar consumir carne crua que pode ar a doença”.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do RS orienta os produtores a entrar em contato com a inspetoria veterinária do município em que residem para saber como funciona o fornecimento de vacinação.
Em Santa Rosa, as doses da vacinação são disponibilizadas de graça para os produtores pela prefeitura. A equipe que faz esse trabalho nas propriedades do Noroeste entende que os agricultores estão mais conscientes quanto à prevenção da doença, e também porque as empresas exigem produtos de procedência.
Nos animais, a brucelose afeta o sistema reprodutivo. Os machos não são vacinados, mas também podem ter a doença, quando transmitida no momento do parto ou pelo contato da bactéria com alguma mucosa de outro animal contamidado.
“Principalmente nas fêmeas é problema reprodutivo, quando ocorre muito aborto, nascimento de muitos animais prematuros, repetição de cio, não consegue ficar prenha, e em machos acontecem problemas reprodutivos e pode causar esterilidade”, explica Tamine Krebs.
“A gente tem que evitar que os animais estejam doentes, como a doença é transmissível, para evitar a transmissão para humanos e estar em dia para vender para as empresas”, explica.
Em humanos, a doença, caso não for tratada adequadamente, pode evoluir para quadros de meningite e hepatite, por exemplo. A brucelose pode causar a morte de pessoas contaminadas, mas não é comum.