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Casos de adulteração comprometem confiança dos consumidores e exigem ações imediatas 5i544o

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Portal do Agronegócio

30/12/2024 09h48 - Atualizado há 4 meses

Fraude no leite destaca a necessidade de reforçar fiscalização

Foto Divulgação Portal do Agronegócio

Os recentes casos de adulteração de leite no Rio Grande do Sul, que resultaram na apreensão de grandes quantidades de produtos fraudulentos, evidenciam a necessidade urgente de um sistema de fiscalização agropecuária mais robusto e eficaz no Brasil. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), uma atuação fiscal mais eficiente é crucial para assegurar a qualidade e a segurança dos alimentos consumidos internamente e exportados para outros países. As fraudes não apenas colocam em risco a saúde pública, mas também minam a confiança dos consumidores nos produtos de origem animal e vegetal. O presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo Macedo, ressaltou a gravidade da situação: “Casos de adulteração de alimentos não podem ser tolerados, e a proteção à saúde pública deve ser uma prioridade inegociável. É essencial que as autoridades adotem medidas imediatas para ampliar e fortalecer a fiscalização agropecuária em todo o país.”

O sindicato destaca que a falta de auditores fiscais é um dos maiores desafios do setor. O déficit de profissionais compromete a capacidade de fiscalização, facilitando a impunidade e aumentando o risco de novas fraudes. Para enfrentar esse problema, a Anffa Sindical defende a realização de concursos públicos para repor os fiscais em falta, além de melhorias nas condições de trabalho.

A entidade também enfatiza que a segurança alimentar é um pilar estratégico para o Brasil, tanto para o mercado interno quanto para manter sua competitividade no comércio internacional. Sem uma fiscalização eficaz, o país corre o risco de prejudicar sua imagem perante os mercados externos, o que poderia afetar negativamente as exportações de alimentos.

Fonte: Portal do Agronegócio

Nota do Site Ciência do Leite

Uma ação conjunta realizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul (MP/RS) culminou, na 13ª fase da Operação Leite Compen$ado. O alvo foi um laticínio localizado em Taquara, no Rio Grande do Sul. A operação resultou na apreensão de toneladas de produtos e na identificação da fórmula utilizada em fraudes envolvendo leite e compostos lácteos.

Fiscalização e prisão em flagrante
A ação contou com o cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, abrangendo empresas e residências em Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e São Paulo. Segundo o coordenador do 10º Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOA), Márcio Todero, foram adotadas medidas de controle rigorosas, incluindo a suspensão das atividades da empresa e aplicação de autos de infração. Durante a operação, uma funcionária foi presa em flagrante por tentar ocultar evidências, orientando outros colaboradores a esconderem dispositivos móveis e apagarem mensagens. Entre as irregularidades encontradas, foram detectados indícios do uso de soda cáustica, substância proibida para consumo humano, que teria sido utilizada para alterar o pH do leite, mascarando sua acidez em análises laboratoriais.

Ações integradas e e técnico
A operação destacou a atuação coordenada entre o Mapa e o MP/RS, com o e técnico do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do RS (LFDA/RS). Foram realizadas vistorias nas instalações do laticínio, coletas de amostras para análises laboratoriais e inspeções em depósitos suspeitos de armazenar matérias-primas impróprias para o consumo.

Origem da investigação e histórico da empresa
A investigação teve início após uma denúncia formal ao MP/RS, relatando práticas irregulares na produção de leite UHT e compostos lácteos. As suspeitas incluíam a utilização de soda cáustica para mascarar alterações na acidez e o emprego de matérias-primas vencidas e em más condições higiênico-sanitárias. A empresa, registrada no Serviço de Inspeção Federal (SIF), já havia sido alvo de ações fiscais nos últimos dois anos, com cinco interdições, cinco suspensões de atividades e seis autuações por irregularidades. Conforme o Mapa, não há evidências de que outras empresas estejam envolvidas em práticas semelhantes, nem de que o leite do Rio Grande do Sul apresente problemas generalizados. Fonte: Agrolink

FONTE: Agrolink